Gestão Familiar

Empresa familiar enfrenta desafios e vantagens únicas. Enquanto organizações estabelecidas avaliam mensalmente seus resultados e projetam o próximo trimestre/semestre, sempre focadas no planejamento, na margem de lucro, a empresa de gestão familiar se preocupa com o quanto faturou no mês e se houver aumento certamente será descapitalizada, partindo da ideia que o mês corrente será melhor ainda.

A falta de organização, governança, diretriz, controle, análise, planejamento de onde ser quer chegar e como, deixa a organização familiar à mercê de altos riscos. Risco envolve crise e,  não sabendo lidar com conflitos, fator que impede a atribuição de responsabilidades, levando a maioria das empresas familiares à mortalidade.

A cultura organizacional de uma empresa familiar espelha a alma do dono, por isso é tão difícil mudá-la.  Já vi empresários com ideias brilhantes, com possibilidades de crescimentos exponenciais que não sobreviveram dada à dificuldade de mudança de cultura exigida pelo mercado somada à falta de gestão profissional.

Ao longo da minha história em gestão familiar, ouvi uma vez de um gerente de banco: “os avôs constroem, os filhos desfrutam e os netos destroem”, máxima baseada nas pesquisas do IBGE, que acusam que apenas 30% das empresas sobrevivem na sucessão familiar.

A cara do dono não abre linhas de crédito, não sustenta a marca. É necessário profissionalização e interpretação dos dados para que possa se manter no mercado e, somente depois, pensar em ser competitiva.

Hélia Lima

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